terça-feira, 31 de julho de 2012

~ Let’s Spread Our Wings ~

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E agora…
É só o barulho da TV.
Mais uma vez. Silêncio.
Odeio esses dias.
Já está virando rotina…
Mais uma vez só irei comer quando todos estiverem dormindo.
Todo dia briga nessa droga de casa,
Todo dia um stress com alguém!
Eu não estou aguentando mais…

Chega, chega, chega!… Murmúrio em minha mente…

Já basta!
Eu... Não estou suportando mais, isso machuca...
Ouvir e assistir tudo isso... Dói demais.

As tais conversas de adulto… Que tanto queria ouvir quando era criança…
Hoje eu fujo para não ter que ouvi-las…
É sujo, é deprimente saber do que realmente acontece…
Ver toda aquela imagem e pensamentos de quando tinha mais nova, daquela família enorme, unida e feliz… Ser destruída num piscar de olhos, digo, num crescer de maturidade. A tão querida, apreciada porém, tão cruel maturidade.

Poderia eu acreditar na descrição do amor após ouvir tudo isso?
Eu tenho medo tremendo do que essa tal rotina pode causar…
Cada um indo para um lado… E eu no meio, tendo que ser… Repartida. Sem bem que dividida, parte de mim já estaria caso isso acontecesse. Digo porque já quase vi acontecer, e tomaria o exemplo de muitos amigos.

Como eu tenho medo da tal separação. Não saberia conviver com ela, não aceitaria acreditar que o único casal que eu achava que fazia jus a descrição do amor, e que eram raríssimos por estar juntos a tanto tempo… Não, isso não pode acontecer. Isso não vai acontecer.

Meus pais não podem continuar brigando…

É justamente nessas horas que… Eu simplesmente tenho vontade de partir. Fugir para qualquer lugar, conversar com pessoas que… Não fazem a mínima idéia de quem eu sou. Como é bom se distrair.

Enquanto isto ainda não é possível, continuo aqui, “sozinha” em meu quarto, tantos contatos online e tão poucos… Verdadeiros amigos. Vazio… Não há ninguém que eu possa conversar.
Nenhum deles sabe dizer aquilo que eu quero ouvir. Não condeno suas atitudes, todos têm seus afazeres, e não considero-me exigente.
Mas se bem que na verdade ninguém mais ouve-me… Eles só… Leem uma história que digito em algum chat e depois dão suas respectivas opiniões. Tecnologia que aproxima mas afasta tanto as pessoas…

A tal garota “estressadinha” amadureceu, e hoje ela é tão tranquila… Tão comportada… Tão… Conformada.
Ela presencia tanta coisa dentro de casa… E ela acaba inevitavelmente absorvendo tudo...
Palavras, gestos, ações…
E se isso está mudando-a por dentro?
Isso só o tempo poderá dizer…

 

►NowPlaying: Carry You Home – James Blunt

segunda-feira, 30 de julho de 2012

~ Nostalgia ~

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Ainda era criança, quando pela primeira vez havia lido esta palavra, sempre cantei uma música de minha cantora preferida, e esta era a única palavra a qual não sabia o significado, que palavra esquisita… Tão diferente de tudo o que eu já havia lido na época...
Abri o dicionário… Li e reli o que estava escrito.

- “Ah! É o mesmo que saudade.” 

Deduzi de todas aquelas palavras rebuscadas que o dicionário utilizava para descrevê-la.
E lá estava eu, feliz por descobrir mais uma palavra e ter enriquecido o meu vocabulário.

Hoje, relembro-me deste caso…
E que sentimento nostálgico!

Eu não sabia, eu não fazia idéia do que realmente era nostalgia… Aquela música, aqueles momentos, saberia eu naquele momento que a vida estaria me mostrando e ironizando um futuro distante?

Mal imaginava que sentiria tanta falta, e que eternizaria tantos momentos em minha memória como um velho baú repleto de fitas cassetes e filmes fotográficos.

Nostalgia é a vontade que sinto em reviver muitos deles, em voltar a ser quem eu era antes, mas com a maturidade que possuo hoje (nem sempre com essa tal maturidade, às vezes gostaria de voltar a possuir parte daquela inocência).

É vida… Como a senhora gosta de ridicularizar-nos não achas?

 

►NowPlaying: Antología – Shakira

domingo, 29 de julho de 2012

~ Pense, Leia, Questione e Mude ~

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Eles dizem para ser quem você é…
Eles dizem para ser diferente,
Eles dizem para ser normal...
A questão é:

Quem realmente sou eu? E quem realmente você é?

Se não um conjunto de ideias, de culturas e tradições. Eles fazem você gostar de tanta coisa, aceitar e desgostar de tantas outras...

Como falar de individualismo se tudo o que somos é resultado de todas as outras pessoas?

Enquanto isso, a sociedade ensina que o melhor remédio é rir da própria desgraça e que é mais engraçado ainda rir das alheias. Agora resolvê-las é cada um que vai se virar sozinho. Espere! Não era essa mesma sociedade quem dizia que deveríamos ajudar o próximo?


Dizem que eu falo demais. Escrever é uma dádiva da qual eu nunca me arrependerei do motivo que me estimulou. Mas autores donos de livros gigantescos não seriam eles falantes demais também? Pense em quantos parágrafos inteiros ele escreveu, apagou e reescreveu por acreditar que não estava bom o suficiente?

Olhe para dentro de si agora. Não estas pensando em tantas coisas nesse momento? E se estas pensando, além de imagens e vídeos, frases veem a sua cabeça não é? Como o que você poderia comentar, ou o que eu devo estar fumando para resolver escrever tudo isso. A questão é que falar é um modo de se expressar idêntico ao de escrever.

A diferença é que escrevendo ninguém ouve o que você diz logo ninguém conversa com você. É uma auto reflexão.

A criação de personagens é um revelar de suas personalidades. Não que tenhas um distúrbio mas sim uma grande criatividade, de aprender apenas observando e convivendo com os outros.
Quem realmente conhece-me sabe o quanto eu gosto de falar e de escrever. Pergunto-me, por que se recriminar tanto? Se a comunicação é algo tão belo e complexo? A humanidade é repleta de mal entendidos justamente porque reprimem tanto o diálogo e nunca têm paciência para ler e ouvir infelizmente, pra que tantas ações precipitadas? Por isso que ainda afirmo, a leitura e o diálogo são essenciais desde que estejam claramente bem expressados. Chega de mal entendidos por favor. Estou cansada de viver em um mundo repleto deles.

 

►NowPlaying: 99 Luftballons - Nena

quinta-feira, 26 de julho de 2012

~ Recaídas ~

Sabes?
Sim... Mas é claro que já deves ter uma boa ideia...
Apegar-me, outrora tão descuidado…
Hoje, tão manipulado e precavido.
Eu sei que já notaste o que fizeste em mim.
Paixão...
O que seria esse sentimento?
Já que não consigo senti-lo por mais ninguém…

Me sinto só... Desamparada, desiludida.
Tudo não passava de um mar de deleites em minha vida.
Até que...
Será que todas as reviravoltas que acontecem são para piorar as coisas ao invés de melhora-las?
Podem essas coisas serem consideradas um estímulo ao meu esforço ou ao meu profundo desgosto?

Creio que já sabes onde quero chegar.
O que fazer quando quem me ouvia e me motivava não esta mais lá?
Todo dia a mesma rotina.
Porém... Alguns personagens andam se perdendo enquanto outros vão nascendo.
Mas nunca conseguem substituir os outros ou amenizar a falta deles. Não mesmo.

Olho-me no espelho.
Encaro a face com expressões de doida psicótica misturadas com a de um panda exausto.
Lágrimas se misturam com um banho de sangue que acabara de romper-se.
Passava mais um pouco de ácido... Não sentia mais dor. A pele de meu rosto já não era mais sensível assim como eu.

Tudo era tão monótono e tão... Sem sentido...
O que fazer quando tudo o que lhe motivava parecia não mais existir, ou melhor. Quando a realidade havia lhe dado uma surra tão grande que as sequelas impediam-me até de sonhar... Afinal, por que fazer isso? se neste universo as coisas não eram assim.

A física quântica possibilitou-me ter um pouco de fé em meus sonhos. Que talvez eles estivessem ocorrendo em alguma outra dimensão.
Se bem que na verdade ainda prefiro o conforto da fé.
Acreditar que existe um novo mundo a espera de minha bondosa e entristecida alma.
Perdão se digo isso mas como não se entristecer com o mundo em que vivemos? Ou seria errado sorrir e fingir que nada está acontecendo? Não devíamos nos preocupar com os próximos? Ou devemos acreditar que tudo não passa de consumidores desenfreados e que um dia irão servir de adubo para alguma terra infértil?

Podres parasitas.
E eu apenas querendo saber de um. Tratando como um semideus uma espécie de vira casaca maldito.

 

►NowPlaying: 21 Guns – Green Day

quarta-feira, 25 de julho de 2012

~ Modernismo… Haveria Algum Sentido? ~

Confiança em meus textos, no que eu escrevo…
Deveria eu continuar assim?

Uma louca estonteante,
e que por amores andantes
possuíra sentimentos marcantes?

Ora, este mundo excitante
onde a passos largos
virarei logo ali,
aquela esquina maldita, onde Maria perdeste a fita
onde nas madeixas, hoje repousa a presilha


O que seria eu?
Poeta modernista,
num novo mundo de nonsense ascendente?
Poderia eu viver na época de ultrarromânticos com espartilhos sufocantes?

Ó mundo cruel e e maquiadamente com ideais marxistas
Compre, compre e compre ate lembrar que deveria viver.
onde muitos fizeram-no sofrer...
E eu aqui apenas continuo a escrever.

 

►NowPlaying: Face to Face – Daft Punk

domingo, 1 de julho de 2012

~ Inexplicável Sensatez ~

Eu preciso de bocas , beijos, sabores , tremores…

da sua frívola paixão.

Necessito de toques e arrepios,

De dedos entre os fios,

do meu cabelo em suas mãos.

Eu necessito de sua ardida ação.

Que me provoca, me choca, e me faz perder a razão.

Quem lhe provoca?

Quando sua alma enfim me toca,

e chega a querer arrancar o meu coração?

Como almejar essa situação,

como gostar de tanta inquietação,

como quando você me abraça e me usa,

e logo nos deparamos ao chão?

O suor corre suavemente pela pele.

A malícia toma conta de minha mente,

Vejo o seu sorriso surgir entredentes.

Devo parar com esta doce ilusão.

Mas recomeça,

Intensa, vagarosa, inesperável…

Sensação inexplicável.

Me possua, me seduza

mas não me substitua,

ou então vagarei lentamente pela triste e pálida rua,

Minha única companheira – a Lua,

reflete os raios do sol sob a minha pele nua.

- “Recua…” – Deveria obedecer isso?

Ou seguir em frente, na minha linda perdição solenemente?

Segui, e quem diria… no final da rua,

ele apareceria.

Negação. Mais uma vez,

e o instinto remove a minha sensatez.

 

►NowPlaying: Fantasy – Dye