terça-feira, 7 de agosto de 2012

~ Um Mal que Assombrava-me. Ressurge ~

Não admito, recuso-me a pronunciar seja quaisquer outra palavra.
Nada que sai de minha boca é levado a sério.
Risos... Risos constantes. Eternos risos.
Estavas quieta, calada e sussurros...
Ouvia-os perguntando sobre meu silêncio.
Mau-humor... Estresse, tudo borbulhava dentro de mim.
Mais um dia de minha rotina à flor da pele.
E enfim quando decidi pronunciar-me…
É sempre a mesma coisa.
De tanto tentar me distrair dizendo coisas fúteis,
hoje ninguém mais pensa que o que eu digo é minha verdadeira opinião, desacreditam que preocupo-me até demais com o mundo a minha volta.
É tão engraçado assim desejar possuir uma vida melhor?
Seria tão engraçado tentar lutar e se pronunciar com os seus ideais?
Deve ser por isso que a situação aqui esta uma palhaçada...


Vivemos num circo onde somos a platéia mas estamos vestidos de palhaços com maquiagens borradas e roupas cinzentas mas não somos a atração principal. Os mágicos somem com a nossa alegria e desaparecem... Deixando-nos a mercê de seus leões.


Gosto de metáforas, tento amenizar a drasticidade de nossa situação.
Mas desta vez é só... Deveria falar menos...
Deveria agir mais...
Impossível.
Não existe seriedade.
Desestímulo a minha vontade.
Tristeza em meu peito.
Poderia ser isto um adeus a minha adolescência?
Estaria cumprimentando a vida adulta? Tão acostumada, tão conformada… Estou apertando as mãos de meu maior pesadelo. Estou pensando em tornar-me tudo o que sempre lutei para não ser… Tudo o que tentei mudar e estimular nos outros…
Estou desistindo.

M’alma está blindada.

E a partir de hoje, não mais reticências em minhas palavras, sem mais “poréms”, sem mais talvez, o meu final inicia-se aqui.

 

►NowPlaying: Paradise – Coldplay

Nenhum comentário:

Postar um comentário