Em meu coração funciona uma usina nuclear.
Tão tóxico e radioativo para quem a possui,
mais perigoso ainda para os leigos que não sabem cuidar.
Corrói-me por todo o tempo. Onde havia o paraíso, o progresso o destruiu, as novas tecnologias, a ganância, as ilusões… Fui levada-me pela falsa esperança de mudanças. Hoje nada irá voltar a ser como antes.
Onde havia um belo jardim, hoje é nublado e ácido pelas nuvens tóxicas de radiação. Grandes instalações, não parem de trabalhar.
Impulsionar tantos hormônios para o resto do corpo… Transformando em sensações, reações… Mas chega uma hora… Tudo é finito.
E aí… O que fazer com o lixo? Altamente tóxico e corrosivo? Simples. Deixe-o lá. Tapado por grossas barreiras de concreto. E o que não couber? Despeje-o pelo resto do corpo. O que se armazena, bom, pode causar câncer. O que é despejado, transformam-se em dores pelo corpo. Ó vida corrosiva.
O amor é como urânio, césio, rádio…
Tão bonito de ver, tão produtivo, energético… Mas a sua má manipulação… E os seus restos… AH! Como eles vão te corroendo por dentro… E matam. Deixam marcas, deixam cicatrizes, deixam tumores horríveis.
O risco é alto pois minha despreocupação também é.
Não preocupo-me se armazeno, não preocupo-me em livrar-me disso, não ligo para o que deve ser feito em relação a qualquer coisa. Ninguém preocupa-se em ajudar-me com isso. Afinal, eu não preocupo-me em dizer ou demonstrar que preciso de ajuda.
É só adormecer que tudo passa.
►NowPlaying: Blow Me (One Last Kiss) – P!nk
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