domingo, 30 de setembro de 2012

~ Uma Data, Muitas Mudanças ~

Este blog é e sempre será como um diário virtual pra mim, então, não poderia deixar de postar e registrar esta data tão especial.

Hoje completo 18 anos de existência.

Hoje é o dia da tão sonhada maior idade. A qual eu realmente farei questão de ser recheada de festas, novos amigos, e responsabilidades.

Já sei que posso ser presa, mas já possuo maturidade o suficiente para não realizar ações que destruam o meu futuro repleto de vitórias!

Sim, hoje eu quero sentir-me renovada, estarei confiante, disposta e responsável.

Hoje eu irei sentir-me adulta. Sim, quero fazer questão de mostrar a todos o quanto eu mudei não por palavras, mas sim por atitudes.

Que Deus me dê toda a sabedoria e disposição de uma guerreira como a minha mãe, e toda a seriedade e responsabilidade do meu pai.  

Que todas as lágrimas que um dia derramei sejam hoje motivo não de se arrepender, mas sim, para aprender o que não se deve fazer, em que palavras não se deve acreditar, em que coisas não deve-se pensar.

A partir de hoje, serão apenas sorrisos, bebidas e amores. Trabalhos enobrecedores. Palavras de pessoas orgulhosas por minha existência.

Continuarei sonhando. Todos os dias, e não importa qual for a minha idade, estarei lutando para realizar todos eles.

Não devo enxergar a minha essência, o meu viver como um mero desperdício de espaço e matéria orgânica. Eu estou aqui por uma razão extremamente importante. Eu vou acreditar que minha existência é essencial para o mundo.

Que eu saiba vencer as adversidades com um sorriso no rosto. Com o ar e o pensamento de uma nova mulher: Confiante em minhas ações, para poder realizar muitos sonhos. E que em cada dia eu tenha forças para fazer uma nova conquista. 

- Thaís C. em 29/09/2012

 

►NowPlaying: Sweet Nothing – Calvin Harris feat. Florence Welch

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

~ Malícia, Bonecas Descartáveis e Borboletas Estomacais ~

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Seria tão difícil assim alguém dizer o que sente por mim de uma forma decente?
Sempre a mesma coisa. Pessoas que dizem frases clichês tão repetitivas e cansativas.
Nada é diferente, nada é conquistador.
Eu, difícil?
Acho que não. Dizem até que estou desesperada. Mas é difícil não se preocupar ou não desejar alguém que se encaixe quando todos o lembram dessa ‘obrigação’ o tempo inteiro.

Como conseguem ser felizes ‘sozinhos’?
Quando tudo diz que é impossível.

Todos gostam de um abraço apertado, de um beijo matador de saudades, e até mesmo de briguinhas idiotas. Mas eu não sei o que eu faço de tão errado que só afasta as pessoas quando na verdade queria que se aproximassem.
Odeio quando não consigo despertar algo especial em quem eu quero.
Nunca consigo mesmo. Seria falta de confiança na minha conquista?
Só consigo conquistar exatamente quem eu não tenho o mínimo interesse. Justamente por não condizer com o que eu preciso para ser feliz. Pois poderia dizer-me as frases mais clichês e conquistadoras do mundo. Para mim, tudo continuaria na mesmice.

Eu gosto de pessoas inesperadas. Devo ser insuportável.
Gosto de pessoas que me procuram assim como eu as procuro.
Sou do tipo que ainda se importa, se preocupa e sente falta de pessoas que… Pra elas eu sou apenas um número, ou uma vaga lembrança.

Cansei de correr atrás… Isso é tão… Deprimente.

Cansa demais ser a legal, a pessoa que elogia, que se preocupa, que finge estar bem quando nada está no lugar só para fazer com que a outra pessoa se sinta bem, se sinta feliz. E eu gosto de fazer as pessoas rirem. É uma pena que nem todas fazem o mesmo por mim. Cansei de ser boazinha.

É uma merda ver que grande parte das pessoas que demonstraram algum interesse, era apenas para ver se conseguiam convencer-me a ir além... É impressionante o quão preocupados e gentis certos caras podem ser apenas por uma transa.
Não sou e nunca serei a bonequinha inflável de ninguém. Descartável. Escondida. Envergonhadora.
É por isso que não dou a mínima quando dizem que sou muito maliciosa. É justamente essa maldade que protege-me de muitas ilusões. Após uma certa intimidade, tudo o que falam levo para segundas intenções e deixo bem claro os meus pensamentos. Se concordam e se mantém no assunto, é fato que meus pensamentos estavam certos. Mas eu não quero simplesmente sexo. Não sou um animal que deixa-me ser guiada pelos meus instintos. Não sou uma ninfomaníaca que satisfaz o desejo de todos para poder satisfazer o meu. E se fosse pra ser, gostaria de ser uma ninfomaníaca satisfeita com apenas um. E estou pouco me importando para quem acha que ‘fazer amor’ não existe. Se não existisse as pessoas não diriam com tanta certeza sobre.

Mas que droga! Serei forte reconhecendo e assumindo minhas fraquezas?
Eu quero sim alguém para chamar de meu.
Merda.
Eu não quero mais ficar sozinha, eu...
Quero alguém que eu goste mas que não me deixe sozinha quando eu mais precisar de companhia...
Alguém que fique feliz só por me ver e que seja sincero junto comigo. 
Eu vou chorar...
Mas não tem alguém que possa enxugá-las.
Foda-se o que você chama de carência mas essa é a verdade.
Um apelo.
Um pedido.
Uma súplica.
Quero que as coisas voltem a ser tão boas quanto eram antes. Tão estáveis, e com um aspeto de eternidade.

Meu aniversário está próximo… E eu mereço um presente que me deixe feliz a longo prazo. Não mereço?

Ouvi que para se viver tem que haver uma paixão. Qual será a minha? Sempre será a inalcançável? Não por favor. Chega! Eu quero aquela que seja recíproca.
Quero carinho, quero surpresas, quero palavras fofas. Quero ser procurada, esperada e desejada e não uma simples ficada. Quero mensagens de bom dia, boa noite seguidos de um eu te amo. Porém, pode ter certeza que não terei um pingo de arrependimento para gastar meus créditos respondendo todos eles. Eu só preciso de um abraço verdadeiro. De beijos e passeios para saciar os meus anseios.
Quero romantismo reinventado. Com algumas frases reformuladas de filmes para ambos poderem rir... Eu só quero poder dizer um eu te amo verdadeiro para enfim deixar de me apegar ao primeiro.

 

►NowPlaying: On Melancholy Hill – Gorillaz

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

~ Memories? Kill It With Fire ~

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Diário. Um lugar mágico onde no passado a maioria das pessoas escreviam o seu dia-a-dia.

O que pensavam, o que sentiam, o que queriam…

Colavam etiquetas de roupas novas, imagens de desenhos que assistiam, ingressos de cinema, papéis de doces que gostavam…

Bom, pelo menos o meu diário era assim.

Até que um dia, por ter sido lido por quem não deveria, e por suas reações tão… Escandalosas e traumatizantes, rasguei em minúsculos pedaços. Risquei o fósforo e assim vi cada peça de minha memória infantil e inocente em cinzas ser levada pelo vento.

Não considero aquele um bom dia. E pelo o pouco que eu me lembro não considero muitas das coisas que eu escrevi sobre, situações das quais eu compartilharia com alguém. A única pessoa que tenha vivido a mesma coisa, bom, talvez nem se lembre mais disso.

Irônico dizer que é a mesma pessoa a qual motivou-me a criar e escrever no blog, sem saber que eu fazia isto. Agora, o engraçado é lembrar que antes, durante um bom tempo eu dizia que ele seria a última pessoa a saber disto aqui.

E hoje é um dos leitores. Aconteceu por minha vontade, não sabia como falar coisas que apenas textos poderiam dizer… Lembro que já cheguei a bloquear o blog por alguns meses, apenas eu poderia visualiza-lo, não teria coragem de excluí-lo porque apesar de retratar muitos momentos tristes, decidira preservar o lado poético enriquecido de metáforas. Mas depois pouco me importei, não acreditava que alguém teria algum interesse em continuar lendo. Até que… Mais uma vez veio para surpreender-me, talvez deva ser isso o que eu admiro nele: Surpresas.

Anônimo. Um estranho, um admirador secreto, encantado pelo o que eu escrevia, um homem bem mais velho do que eu atrás de garotas mais novas, um pedófilo, pensei, mas eu já sou quase maior de idade, seria pedofilia? Viajei… Mas não dei muita importância, mas algo chamava a minha atenção, a curiosidade sempre é maior do que minha razão nessas horas. Então desconfiei de amigos, criei etapas eliminatórias, pensava em talvez, uma pessoa a qual eu fosse conhecer e conforme ele se mostrava, parecia ser, o cara perfeito. Imaginei mil coisas, mas recusava-me a acreditar que poderia ser ele. Não. Não poderia ser. Seria contra as regras, Seria contra tudo o que ele havia me dito no passado.

Criei eliminatórias, perguntas cujas eu já sabia a resposta de cada participante. Todos descartados, só sobrara aquele o qual eu recusava-me a acreditar que fosse, ou uma cópia perfeita de gostos dele com os meus, tantas coisas em comum que, talvez dessa vez alguém pudesse fazer eu me sentir bem. 

Insistira em meu telefone… Ainda havia a possibilidade de ser tudo coincidência e ainda estar falando com um desconhecido. Hesitei e enrolei algumas vezes. A angústia me venceu, eu queria falar com ele. Seja lá quem fosse. Mas no fundo havia a certeza da voz que seria quando eu ouvisse:

- Oi, tudo bem com você? 

Bom, não fora esta a primeira frase. Mas na primeira palavra… Os meus batimentos haviam disparado (que droga! Estou sendo sincera demais!).

Era a voz dele. O medo de ser um desconhecido com uma voz muito parecida com a dele havia misturado-se com aquele turbilhão de emoções escondidas que no momento haviam sido remexidas.

Ele ainda conversava fingindo ser um desconhecido. Idiotas. Eu não sei fingir. E eu também ainda me lembro de cada detalhe seu feito a palma da minha mão. Você é quem me desconhece agora.

Enquanto fingíamos ser apenas desconhecidos, era tudo pacífico, aconchegante e inspirador. Eu recebia elogios, perguntas interessadas em minha pessoa. Que mulher não gosta disso? Sorríamos. Quer dizer, de minha parte sim, era bom ouvir sua risada e suas brincadeiras, até mesmo quando tenta me enrolar. É divertido, isso eu não posso negar.

Até que decidi voltar a realidade. Decidi que conversaríamos como os melhores amigos (?) que havíamos sido. Após muitas enrolações e após eu chama-lo pelo nome. Parece que as coisas nublaram-se para mim.

Eu pedi a sinceridade, o realismo, então este fora o meu presente: Os elogios passaram a pertencer a outra pessoa, os planos, os sentimentos… A mim sobraram apenas as palavras frias, as brincadeiras que eu não gosto, e o adeus mais uma milésima vez. Eu revivera de novo o lado insuportável dele que eu tanto fiz para me afastar. Mais uma vez pensei que havia mudado, mas esqueço-me que pra mim, as coisas só pioram quando dependem dele.

Eu ainda não sei o que eu fiz de errado. Ou se lido com uma pessoa com doenças mentais. Como uma pessoa pode dizer que gosta, que adoraria a sua presença, mas que alguns dias depois diz exatamente o contrário justamente por preferir o de outra pessoa, justo no momento em que eu também adoraria fazer e dizer exatamente as coisas que foram-me ditas? 

Não gosto de lembrar deste acontecimento. Porém, não me arrependo do que aconteceu. Fico feliz por ter conseguido dizer, mesmo que , algo que eu havia prometido jamais fazer na sua frente, algo que sempre luto para não demonstrar a ninguém. Eu consegui dizer tudo, consegui expressar tudo o que estava guardado dentro de mim a quem eu deveria realmente falar mesmo que entre tantas lágrimas. Dessa vez ele não pediu para que eu parasse de fazer isso. Posso ter dito muitas palavras que não escrevo aqui, justamente por querer manter a formalidade. Deveria ter sido mais formal, e não utilizado tantas palavras chulas. O nervosismo removeu minha compostura. Quando disse que havia mudado… Não era em relação a isso...

Ter sonhado que conversava com ele como antes… Aquelas roupas, aquele lugar tranquilo e verde, risos e olhares. Confesso que não gostei de ter acordado lembrando disso. Pois, eu juro, não é invenção minha, ou qualquer alucinação. Não sei o que poderia chamar isso, não é um dejá vù, mas a única coisa que eu tenho certeza que vem me acontecendo depois que perdemos o contato é que:

Sempre que eu sonho espontaneamente com ele é porque vou vê-lo em alguma parte do dia. Sempre. 

Dessa vez não poderia ter sido diferente. Mais um dia da mesma rotina e na volta para minha surpresa, enquanto ouvia uma música que fazia-me pensar em tantas coisas, eu o avistei pela janela do ônibus, caminhando, sozinho. Queria poder dizer um leve ‘psiu’ ou um pequeno aceno. Mas considerei que seria ridículo de minha parte, então continuei apenas observando-o. Ah! Como não poderia deixar de comentar: Não gosto de seu cabelo curto. Mas que se dane a minha opinião. Não é ela que importa.

Ainda não sei o que motivou-me a escrever isso. Quer dizer, no fundo eu sei. Melhores amigos não abandonam simplesmente o outro por estar vivendo uma fase, por ser ‘contra ética’. Um melhor amigo sempre vai se importar com o outro, eles não desaparecem, eles confiam um no outro, não guardam mágoas e no fim sempre acabam se perdoando.

Melhores amigos não dizem adeus… Eles dizem: Até depois... Pois eles sempre sentem falta um do outro, eles sempre voltam a se falar no final.

Não é difícil de se acreditar que eu hoje em alguns momentos penso que quando ele mudou, nunca tratou-me como sua melhor amiga, se diz que sou, poderia provar-me o contrário?

O que eu poderia ter feito para lhe dar tantos motivos para fingir me esquecer e recusar até mesmo algum pedido meu? Apesar de tudo, eu ainda gosto de conversar tá? Eu só queria que ele agisse e falasse como meu amigo, e não como um infeliz que eu deveria esquecer. Eu lhe ofereci uma oportunidade de me conhecer realmente, de deletar o passado, e agirmos como pessoas adultas no presente, sem brigas, sem enrolações. Ao invés de deixar tudo tão confuso como está. Confesso que ainda não desisti, ele sabe como onde me encontrar.

Deveria apagar os textos ”Espelho D’Alma” e “Alguém” ?
Afinal, foram palavras ilusórias de um personagem fictício que motivou-me a escrever. Mas não irei apaga-los, se fizer isso, estarei realizando o mesmo ato de anos atrás. Não quero queimar este meu diário.

Sejam boas, sejam ruins, estas são minhas memórias.

 

►NowPlaying: You Know I'm No Good – Amy Winehouse

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

~ Caution! Radiation Hazard ~

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Em meu coração funciona uma usina nuclear.
Tão tóxico e radioativo para quem a possui,
mais perigoso ainda para os leigos que não sabem cuidar.

Corrói-me por todo o tempo. Onde havia o paraíso, o progresso o destruiu, as novas tecnologias, a ganância, as ilusões… Fui levada-me pela falsa esperança de mudanças. Hoje nada irá voltar a ser como antes.

Onde havia um belo jardim, hoje é nublado e ácido pelas nuvens tóxicas de radiação. Grandes instalações, não parem de trabalhar.

Impulsionar tantos hormônios para o resto do corpo… Transformando em sensações, reações… Mas chega uma hora… Tudo é finito.

E aí… O que fazer com o lixo? Altamente tóxico e corrosivo? Simples. Deixe-o lá. Tapado por grossas barreiras de concreto. E o que não couber? Despeje-o pelo resto do corpo. O que se armazena, bom, pode causar câncer. O que é despejado, transformam-se em dores pelo corpo. Ó vida corrosiva.

O amor é como urânio, césio, rádio…

Tão bonito de ver, tão produtivo, energético… Mas a sua má manipulação… E os seus restos… AH! Como eles vão te corroendo por dentro… E matam. Deixam marcas, deixam cicatrizes, deixam tumores horríveis.

O risco é alto pois minha despreocupação também é.
Não preocupo-me se armazeno, não preocupo-me em livrar-me disso, não ligo para o que deve ser feito em relação a qualquer coisa. Ninguém preocupa-se em ajudar-me com isso. Afinal, eu não preocupo-me em dizer ou demonstrar que preciso de ajuda.

É só adormecer que tudo passa.

 

►NowPlaying: Blow Me (One Last Kiss) – P!nk