quinta-feira, 2 de setembro de 2010

~ Pesadelos ~

[ignorem a imagem "fofa", queria algo sério mas não encontrei algo real, que se encaixasse melhor do que esta imagem]

E eu declarei o fim.
Minha idiotice tinha limites, e assim deixei-me levar pelo amor de outro.
Me carregando, arrastando-me para me aprisionar em seu coração.
Não lutei contra a sua vontade, deixei-me levar pela forte correnteza e apenas deixei a maré me arrastar...
E um novo começo iniciou-se... Mas com ele veio a cena mais bizarra de minha vida:

Caminhando tranquilamente vinha "ele" em minha direção, com uma pesada e maciça corrente de ferro segurando na mão direita e na outra extremidade da corrente, o acorrentado era um coração.
Um de verdade, como em filmes de terror ou vídeos de transplantes com cirurgias, que flutuava no ar, na altura do peito dele, como se caminhasse ao seu lado como um "animal" de estimação, porém sem o corpo - apenas um único órgão.
Suas artérias esguichavam sangue pelo chão, que ficara ensanguentado, mas em total contradição com o meu choque - "Ele" sorria.

Um sorriso estranho e bizarro de satisfação, uqe não se encaixava aquela cena.
E assim ele passou ao meu lado como se eu fosse apenas um vulto, como se eu e o meu novo aprisionador não estivéssemos ali, e nossas mãos entrelaçadas não significassem nada - bom, para mim não significavam nada mesmo.
Senti-me gelada, fraca e sem vida, porém, já me sentia assim antes, mas a nova sensação era diferente de qualquer outra e percebi do que se tratava logo assim que coloquei a mão em meu peito.

- Havia um buraco ali.

Uma grande ruptura no lugar onde deveria estar aquilo que eu vira acorrentado e flutuando ao lado dele... - O meu coração.
O sangue jorrava por toda a minha blusa branca que tornara-se vermelho sangue, mas como eu estava VIVA? Como eu não sentia dor?
Dor.. Tudo estava em preto e branco - e vermelho. Minha vida não possuía mais cor - na verdade a minha vida acabara-se ali.
Caí de joelhos no chão e a única palavra que conseguia murmurar entre os meus lábios era: por que?
Enquanto sentia o estranho gosto das lágrimas que haviam rolado pelo meu rosto chegando à minha boca.
Mas a mão dele continuava lá junto à minha, porém,
parecia não ver o meu estado, apenas continuava parado em pé ao meu lado enquanto me observava ajoelhada no chão em prantos.
Como eu poderia ter tanta vivacidade apesar de estar de tão pálida sem cor alguma?
Foi aí que eu abri os olhos e assim encontrei os dele,
encarando-me, pois não havia prestado atenção em nada do que ele tinha dito,

Havia mergulhado tão profundamente em meus pensamentos que quando voltei ao meu estado normal percebi que tudo aquilo não se passava de uma estranha visão simbólica de tudo o
que eu mais sentia e queria naquele momento - Liberdade.


►NowPlaying: Un Dia Especial - Shakira

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