Sonhadora. Adeus realidade. – Uma breve história contada através de fotografias. Que não são de minha autoria.
Raríssimas imagens para representar esta cena, atores nada fiéis as minhas ilusões
A pelúcia era maior. Não era um animal pertencente a realidade.
Fotos que gostaria de ter tirado de lugares que gostaria de realmente ter estado.
Longa exposição
Adormecer…
Tire-me daqui.
Afastai todas as coisas que me afligem.
Mergulharei de cabeça em seu poder sedutor.
Cairei em seus artifícios.
Deixarei ser guiada.
Provarei deste novo mundo.
Perdi o controle.
Fui dominada, arrastada, arrancada de minha realidade.
Sonhos. Ilusões. Minha vida fora uma. Já que tudo mudou, por que não viver justo no mundo utópico?
Ninguém faz questão de tornar esse aqui.
Segure a minha mão.
Acene-me adeus pois eu irei partir.
Serei respeitada, requisitada... Amada.
Meus desejos serão 'reais'.
E todos estarão presentes.
Só não irão se lembrar depois.
Viva a fantasia! - Berrava o palhaço do enorme parque de diversões. O céu era negro. Havia constelações.
Colocava na boca mais uma pipoca de saber doce que amava. Enquanto dava passos largos vestindo roupas elegantes, cabelos esvoaçantes e saltos estonteantes.
Adentrei na casa de espelhos.
Espanto. Não pela minha forma desfigurada, mas com as costas da mão alisava o rosto. Macio. Limpo. Seco. Liso.
Sorrisos. Mais uma surpresa.
Braços fortes envolviam minha cintura.
Era ele.
Reconheceria suas luvas verdes em qualquer lugar. Beijara-me a bochecha. Meus hábitos ocidentais.
O mesmo riso, as mesmas cicatrizes. Beijei-o.
Ele havia feito parte de toda a minha vida consciente. Primero amor. E por tanto tempo de espera aceitando a minha felicidade com a realidade... Mas sempre que esta me destruir... Ele sempre estará lá, sempre me coloca de volta no lugar.
Mais uma vez caminhávamos de mãos dadas.
Minha fisionomia... Tão diferente.
E a dele, a mesma.
Em direção ao palco tentava segurar a gigante pelúcia amarela em um dos braços. Enquanto segurava o milk shake de ovomaltine com a outra.
Ele ria e me abraçava no meio de toda aquela situação.
Cegantes luzes coloridas espalhadas pelo campo de visão. Fotografias de longa exposição e bokeh. A pesada câmera devido a sua lente de 70-200mm balançava em meu pescoço, parecia acompanhar o ritmo saltitante da minha felicidade.
Arrepios. ‘Mr. Brightside’ começara a tocar. Reconheceria aquele solo inicial em qualquer lugar.
Lá estava o meu Brandon, a minha banda.
A platéia ia ao delírio.
Enquanto quem realmente estava delirando era eu.
É proibido pensar que é apenas uma ilusão.
Se for para perder a memória. Que eu perca as ruins. Mesmo que eu tenha que inventar boas para coloca-las em seu lugar.
►NowPlaying: City of Dreams – Alesso & Dirty South
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