terça-feira, 22 de janeiro de 2013

~ Palavras que Deveriam Ser Ditas ~

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-Não senhora, você não vai fazer isso! Nem inventa! Retrucou seu pai por mais uma incontável vez.

De repente a raiva tomou conta daquele pequeno corpo, ela encheu o peito de ar e a cara de coragem e desabafou:

-E se der merda mesmo? Eu tenho uma vida inteira pra dar merda! E qual o problema? Eu vou aprender com elas! Tanta gente que morre e nem por isso a família morre junto! Não deixam de viver por isso!
Eu não tenho medo de dar merda! Se der merda é porque era pra acontecer! Eu não vou ficar aí que nem você sem ter feito nada que queria! Foda-se se der merda pelo menos terei feito tudo o que queria! Eu vou fazer tudo que eu quero e não tô nem aí se der merda. Se der, depois eu me recupero mesmo! Vou me recuperar sim, e depois vou fazer mais merda de novo porque a vida é assim mesmo! Parece até que você não sabe.
Ah é! Parece que você não a viveu mesmo.

O silêncio havia tomado conta. Uma réplica… Uma boa réplica… Sem pausas, sem travas, um discurso direto, limpo… E profundo.
Fora estarrecedor.
Mais tarde, naquele mesmo dia pensou:

Aquele castigo valeu à pena. Acostume-se, pois muitos estão por vir.

 

►NowPlaying: Pieces – Sum 41

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