domingo, 28 de outubro de 2012

~ Mais que palavra chula. Uma terapia. ~

Quer saber? Foda-se!

Eu cansei, já chega, já deu, já machucou e já doeu.

Cansei de sofrer, cansei de me importar mais com os outros do que comigo mesma.

Cansei de ouvir conselhos, ordens e palavras. Os únicos que vou seguir serão aqueles que me dão força para ser eu mesma.

Estou pouco me importando para as consequências que virão.

Vou falar o que eu quiser, fazer o que eu quiser, usar quem ou o que eu quiser.

As pessoas sempre me usaram, só lembram de mim pedindo favores, e eu nunca pedi nada em troca, sempre fiz com um sorriso, mas agora, por que não uma troca equivalente?

Chega dessa frase babaca que fazer o bem sem olhar a quem ou então fazer sem esperar algo em troca. Eu vou cobrar sim. Quando, eu fizer algo pra alguém.

Se eu continuar vivendo dependendo, vivendo em função da opinião dos outros, sejam pais, professores, papagaios e periquitos, eu serei a pessoa mais infeliz do mundo.

É sim senhor. Os conselhos mais importantes já aprendi com meus pais, e muito obrigada. É difícil, é doloroso seguir sozinha, mas uma hora isso tem que acontecer. Engulo o choro, calço o all-star surrado e sigo em frente. Pois no final estarei pior do que o próprio tênis.

Mas foda-se. Se me proporcionar um ar de satisfação, eu esquecerei cada tombo. Se serei geneticista, se ganharei bem, se fotografarei, se ganharei mal, me preocupa, mas o que importa é poder fazer o que eu gostar no final do mês.

Vou dançar como eu quero, vou usar a roupa que eu gostar, vou beber o que eu gosto e sair com quem me deixar mais feliz e é claro que proporcionarei algo em troca,  mesmo que isso afaste outras pessoas, foda-se mais uma vez. Mesmo sendo legal ninguém é meu amigo de verdade mesmo, quando eu era legal e considerava meu melhor amigo só me fodia depois, com todos, sem exceção, cambada de filhos de putas que só iludiram a boazinha otária aqui. Agora também ninguém é mais, quero mais é que se fodam nas suas vidinhas bem longe de mim.

É, custei mas aprendi. Não existo pra agradar a todos. Não existo mesmo pra isso. Cansa, Cansa demais tentar ser a perfeita. E no final o que sobra é um coração em pó - Pedaços já se deterioraram a muito tempo – Uma mente insana, uma saúde em frangalhos e pobres objetivos.

Vou viver a tal vida não é? Já que meus pais decidiram me colocar nesse mundo de críticos canalhas e hipócritas, eu vou viver né, agora aguentem! Já que dizem que é covardia tentar sair daqui… Mostrarei que sou forte, não pelo meu desvantajoso porte físico, mas com o meu intelecto, a minha destreza, a minha sagacidade. E vou sair sim, uma hora arranjarei condições de viajar para bem longe da rotina deste lugar, se será melhor ou não eu não sei, vou me arriscar. Me adaptarei ao sistema da minha forma, e se puder fugir eu irei, pois vontade é o que não me falta. 

 

►NowPlaying: Not Myself Tonight – Christina Aguilera

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

~ Carrossel de Ilusões ~

50-Trivia-About-DreamSonhadora. Adeus realidade. – Uma breve história contada através de fotografias. Que não são de minha autoria.

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Lady From Shanghai FinaleRaríssimas imagens para representar esta cena, atores nada fiéis as minhas ilusõestumblr_lgze57uBvu1qf38p7o1_500_largetumblr_m8r4rfsLvV1rbnz7so1_500_largecouple-amusement-park-sunlight-elephant_large psA pelúcia era maior. Não era um animal pertencente a realidade.382506_340562176024281_1491741615_nFotos que gostaria de ter tirado de lugares que gostaria de realmente ter estado.tumblr_m5mib4Yo3F1rp1pgvo1_500_largetumblr_m8ayg4ImZQ1r4ieg2o1_500_largeLonga exposição

Adormecer…
Tire-me daqui.
Afastai todas as coisas que me afligem.
Mergulharei de cabeça em seu poder sedutor.
Cairei em seus artifícios.
Deixarei ser guiada.
Provarei deste novo mundo.
Perdi o controle.
Fui dominada, arrastada, arrancada de minha realidade.
Sonhos. Ilusões. Minha vida fora uma. Já que tudo mudou, por que não viver justo no mundo utópico?
Ninguém faz questão de tornar esse aqui.
Segure a minha mão.
Acene-me adeus pois eu irei partir.
Serei respeitada, requisitada... Amada.
Meus desejos serão 'reais'.
E todos estarão presentes.
Só não irão se lembrar depois.
Viva a fantasia! - Berrava o palhaço do enorme parque de diversões. O céu era negro. Havia constelações.
Colocava na boca mais uma pipoca de saber doce que amava. Enquanto dava passos largos vestindo roupas elegantes, cabelos esvoaçantes e saltos estonteantes.
Adentrei na casa de espelhos.
Espanto. Não pela minha forma desfigurada, mas com as costas da mão alisava o rosto. Macio. Limpo. Seco. Liso.
Sorrisos. Mais uma surpresa.
Braços fortes envolviam minha cintura.
Era ele.
Reconheceria suas luvas verdes em qualquer lugar. Beijara-me a bochecha. Meus hábitos ocidentais.
O mesmo riso, as mesmas cicatrizes. Beijei-o.
Ele havia feito parte de toda a minha vida consciente. Primero amor. E por tanto tempo de espera aceitando a minha felicidade com a realidade... Mas sempre que esta me destruir... Ele sempre estará lá, sempre me coloca de volta no lugar.
Mais uma vez caminhávamos de mãos dadas.
Minha fisionomia... Tão diferente.
E a dele, a mesma.
Em direção ao palco tentava segurar a gigante pelúcia amarela em um dos braços. Enquanto segurava o milk shake de ovomaltine com a outra.
Ele ria e me abraçava no meio de toda aquela situação.
Cegantes luzes coloridas espalhadas pelo campo de visão. Fotografias de longa exposição e bokeh. A pesada câmera devido a sua lente de 70-200mm balançava em meu pescoço, parecia acompanhar o ritmo saltitante da minha felicidade.
Arrepios. ‘Mr. Brightside’ começara a tocar. Reconheceria aquele solo inicial em qualquer lugar.
Lá estava o meu Brandon, a minha banda.
A platéia ia ao delírio.
Enquanto quem realmente estava delirando era eu.
É proibido pensar que é apenas uma ilusão.
Se for para perder a memória. Que eu perca as ruins. Mesmo que eu tenha que inventar boas para coloca-las em seu lugar.

 

►NowPlaying: City of Dreams – Alesso & Dirty South

sábado, 6 de outubro de 2012

~ O Banho ~

Parte 1 – ‘HidroParaíso’
Um giro rápido.
Água, corpo e vapor embrenham-se num box.
Sensação arrepiante.
Agacho-me.
Água fervilhava pelas minhas costas.
Fechava os olhos com prazer.
Tantas coisas para pensar.
Vejo meu reflexo na água sob meus pés.
Havia a forma de um coração.
Pobre romantismo esfacelado.
Enquanto refletia, gotas percorriam a minha pele nua.
Desciam-me pelas coxas. Fazem o meu contorno.
Nu artístico. Mas não revelaria meus segredos mais íntimos para um qualquer.
Mas uma boca, um desejo, uma lembrança contornavam pelas minhas silhuetas.
Sonhos vazios.
De tão sozinha, não havia alguém para satisfaze-la mesmo no lugar onde qualquer um poderia existir. Nenhuma personalidade encaixava no seu preferencial a não ser ela mesma?
Os pensamentos assustavam-me enquanto o calor derretia minha pele.
Girava de volta.
O relaxante barulho de cascata cessava.
Um espelho embaçado. Um sorriso, um olhar psicopata. Secava o rosto. Recolocava a máscara. Ajeitava o cabelo. Um sorriso doce. Uma pessoa normal.
O lado oculto se recolhia.

Parte 2 – Refúgio
Fecho a cortina e impeço-me de ver o tempo.
Silêncio na minha clausura.
Calafrios percorrem minha espinha.
Olhares. Eles estão a espreita em toda parte.
Qual criatura perversa minha mente irá criar dessa vez?
Que par de olhos vermelhos irão me fazer correr e gritar pelo corredor escuro na madrugada mais uma vez?
Medo... Que não só me trás historias engraçadas (sempre coloco uma pitada de humor nas minhas situações irreverentes para que as pessoas não vejam-me chorar feito criança ou reclamar feito um idosa), o medo só serve para prejudicar minhas atitudes.
Ele lesa minha mente. Ele me traz nervosismo.
Necessito parar. Eu sei que nada irei ganhar contando isso. Mas é a única coisa que eu faço.
A única coisa que me mantém sendo... Útil (?)

Parte 3 – Despertar
Assim que acordasse pela manhã, voltarei a realidade.
A minha rotina que havia sido quebrada por festas e alegrias entre amigos e familiares.
Mas... Com o que irei sonhar?
A minha ‘vida noturna’.
Existem tantos lugares para visitar. Mas para chegar ate lá existe um preço a pagar.
Minha sanidade.
Visitar os lugares oniricos fazem apegar-me mais ao lado ilusório e sentir repulsa pela realidade.
E isso não pode acontecer. Não de novo.
Já experimentei as consequências.
E hoje tenho que cuidar sozinha das sequelas.

Aqui se encerra um breve resumo de minha rotina.

 

►NowPlaying: Tomorrow Comes Today – Gorillaz